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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Reflexões sobre Tecnologias Educativas

Análise do texto Tecnologia Educativa e Currículo: caminhos que se cruzam ou se bifur-cam?
Lia Fernandes

É inquestionável a importância da tecnologia na vida cotidiana, conseqüentemente a sua inserção no contexto educacional foi inevitável. Atualmente é imprescindível incluir a tecnologia no currículo escolar.

De acordo com Saviani a escola tem que estar preparada para acompanhar o progresso:
“A escola esta ligada a este processo, como agência educativa ligada às necessi-dades do progresso, as necessidades de hábitos civilizados, que correspondem à vida nas ci-dades. E a isto também está ligado o papel político da educação escolar enquanto formação para a cidadania formação do cidadão. (Saviani, 1996: p-157).”

A princípio a Tecnologia Educativa estava restrita a utilização de meios e recursos tecnológicos áudios-visuais nas atividades de instrução e treinamento, ela é contemporânea da instrução programada, onde o aluno fornecia respostas esperadas, ambos influenciados pelo “behaviorismo”.

A partir de 1970 ela sofre uma grande mudança para atender aos apelos de uma civilização visual e auditiva.

Atualmente a tendência da Tecnologia Educativa é mais cognitivista. O foco não está mais no modo de utilizar as tecnologias, mas está nos seus aspectos mais importantes e como integrá-los no programa curricular para o desenvolvimento educacional.

No processo de cognição o que vale aqui não é a resolução de problemas previamente colocados, mas entrar na espessura do problema e problematizar-se com ele.

Neste sentido aprender é, antes de qualquer coisa, constituir um problema e formar com ele um campo problemático. (cf. Kastrup, 1997).

Mas a Tecnologia Educativa não deve se apoiar só no modelo cognitivista.

Os principais focos e as principais transformações que a tecnologia educativa e currículo certamen-te terão de enfrentar é; na organização e estruturação dos ambientes de aprendizagem, no papel mais ativo do aluno e no desenvolvimento e gestão do currículo.

A Tecnologia Educativa precisa de um Desenvolvimento Curricular adequado às demandas da sociedade, abrangendo os desafios atuais de ordens sociais, culturais, políticas, econômicas, ambientais, etc.

Artigo 26 da LDB em relação à organização curricular: “base nacional comum, a ser complemen-tada, em cada sistema de ensino e por parte diversificada que atenda as especificidades regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e do próprio aluno, integração e articulação dos conhecimentos em processos permanentes de interdisciplinaridade e contextualização.”

Logo o currículo deve ser organizado e construído a partir dos problemas e preocupações de interesse e realidade da comunidade escolar, diferenciando dos currículos acadêmicos e fragmenta-dos por disciplinas, sendo assim, o aluno torna-se o ser ativo do processo ensino-aprendizagem.

O mais importante papel de um currículo é o da produção de identidades pessoais.

Em síntese, ainda temos uma educação de imprensa no mundo audiovisual. Nesse mundo globali-zado a educação é um grande recurso para uma estruturação mundial.

A educação e a formação para a utilização educacional das TICs é elemento decisivo no desenvol-vimento e inovação do currículo (Área, 1996), na reorganização dos processos de aprendizagens e na modificação global do modelo de ensino (Pacheco, 2001).


Se a teoria curricular tem uma palavra a dar, já que se trata do currículo escolar, do mesmo modo a Tecnologia Educativa tem muito a dizer, porque as tecnologias no processo educativo são os seus cartões de identidade (Valer Rueda, 2001: 263).

“O currículo é um processo porque se trata apenas de uma proposta, e é uma práxis, porque o conhecimento é um processo construtivo.” (Custeles, 200: 78).

A concepção do currículo como hipertexto (Landow, 1992; Pacheco, 2001; Martins, 2001) é talvez a mais feliz metáfora para um modelo curricular do novo “mundo digital” (Negroponte, 1996).

Silva refere (1998: 209) “... o professor é o principal protagonista sobre quem recai a última palavra na integração das mídias.”

“Sem uma correta integração e valorização do componente pedagógico na “alfabetização digital” dos professores, corre-se o risco de reforçar o analfabetismo funcional digital.” (Pretto & Serpa (2001)).

Na opinião de Área (1996: 11) a cultura organizativa dominante na escola tem se caracterizado pela “... fragmentação, isolamento, individualidade e ausências de experiências partilhadas.”

A escola precisa de uma renovação pedagógica. Só criando condições de igualdade no acesso à informação a escola assumirá a verdadeira função social que hoje lhe cabe e é solicitada. Só assim a escola poderá ajudar os jovens no correto exercício da cidadania (Patrocínio, 2001).

Todas essas questões interessam tanto a Tecnologia Educacional como ao Desenvolvimento curricular, ajudando formar cidadãos mais cultos, responsáveis e críticos, no desenvolvimento de uma sociedade democrática.

Fontes:
Título: Tecnologia educativa e currículo: caminhos que se cruzam ou se bifurcam? Autor: Coutinho, Clara Pereira
• INDAGAÇÕES SOBRE CURRÍCULO - EDUCADORES E EDUCAN-DOSPublicado por Enya el enero 27, 2009 a las 3:14pm
• Ver el blog de Enya
Currículo e Tecnologia Educativa _ Vol. 1
Organizador(es) | »Paraskeva, João M. »Oliveira, Lia R.
A INTEGRAÇÃO DA TECNOLOGIA EDUCATIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL-Maria Hermínia Benincá Schenkel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_educacional
http://edutec.net/tecnologia%20e%20educacao/edhist.htm

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nomamdismo Virtual

Nomadismo
Lia Fernandes

Segundo o Dicionário de História,”nomadismo é o modo de vida das populações que praticam a atividade coletora e,por isso,têm necessidade de se deslocarem permanentemente para procurarem e recolherem os alimentos,não se fixando por muito tempo num determinado local.Esta era a forma de vida segura do Paleolítico cujos recursos alimentares eram obtidos,através da caça,da pesca e da colheita de vegetais diretamente da natureza o que,juntamente com as modificações sazonais do clima o impediam de se fixar num mesmo local.”
Na era contemporânea estamos diante de um nomadismo ciberespacial mundial,sem fronteiras,onde a conexão interplanetária é o próximo “pit-stop”,no sonho de muitos.São os novos beduínos digitais.
Para Lévy,”somos todos particípes da silenciosa explosão do hipercortex infinitamente reticulado da World Wibe Web.”
È um nomadismo universal,com trânsito livre em busca dos abrigos de inteligência coletiva.
No nomadismo,o deslocar,o ir e vir têm velocidades rápidas,nas passagens e retornos dos sites,num simples clique do mouse,para estabelecer a vida nômade do cibernauta,fluindo livremente pelas tramas da rede mundial.
Graças ao acesso à internet,um novo grupo de pessoas,podem viver sem endereço fixo,nômades digitais.
Nessa interconexão eles podem estabelecer novos vínculos e fortalecer os antigos(independente das distâncias físicas e geográficas).Neste tipo de nomadismo a bagagem é bem mais leve,transitando pelas praias do “Second Life”.Para Lévy,”somos imigrantes da subjetividade.””O espaço do novo nomadismo não é o território geográfico,nem o das instituições ou o dos Estados,mas um espaço invisível de conhecimentos e saberes,potências de pensamentos em que brotam e se transformam qualidades do do ser,maneiras de constituir a sociedade.
Particularmente acho que essa idéia de nomadismo universal teve sua premissa com Engels,que propôs a dialética como a ciência das leis gerais do movimento.E também com Marx.
Obviamente Marrx e Engel elaboraram o materialimo dialético a partir da dialética de Hegel(para ele o mundo na natureza,da história e do espírito estão em constante mudança,transformação e desenvolvimento).
Neste mundo globalizado,nada é muito novo debaixo desse sol,e estamos cada vez mais perto da última fronteira.


Oprofessortutoremead

sábado, 5 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Interdisciplinaridade

Refletindo sobre a interdisciplinaridade
Lia Fernandes

A interdisciplinaridade surgiu como uma resposta ao ensino fragmentado,compartimentalizado,buscando a totalidade do saber.
Nesse processo,só integrar conteúdos é ineficiente,é necessário uma atitude e postura interdisciplinar.
A interdisciplinaridade possibilita a construção de uma escola participativa,inserida no contexto social e na realidade do aluno,articulando saber e vivência e trabalho coletivo.
A interdisciplinaridade deve proporcionar autonomia intelectual e moral,tornando o aluno crítico e autônomo.
A interdisciplinaridade não propõe uma eliminação de disciplinas,mas um relacionamento entre as mesmas,num o trabalho em conjunto cooperativo,onde todos são protagonistas e as disciplinas são coadjuvantes,estabelecendo o ponto de convergência.
Os conteúdos das disciplinas tornam-se instrumentos culturais para o aluno e não um fim em si mesmo.

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